escrito por: http://itisloove.blogspot.com/
Algumas recordações de um tempo que eu não vivi - que eu recusei viver - vagam pela minha memória e não querem sair.
Isso, de recordar o que não vivi acaba com as próprias ilusões, as expectativas. Eu poderia ser alguém melhor... Será?
Sentada na beirada da calçada, fumando meu cigarro, é quando vem em minha mente aquelas memórias não vividas. É quando eu acabo machucada, saindo quase sem movimento dos carros, dos rápidos amores.
Eu não falo do amor de coração, e sim, do sexo. Realizo os fetiches mais banais, para ver a cara de prazer que eles não se recusam a fazer. Sinto-me como a Afrodite, ensinando o amor para todos esses caras solitários. Muitas pessoas julgam esse meu trabalho e ainda julgam errado. Várias mulheres, no decorrer da história, foram encarregadas de mostrar o amor. Mas hoje, a sociedade vê o sexo como pecado.
O cigarro chegou ao fim, é hora de ir para casa com mais 500 reais do serviço de hoje. No caminho para a minha nova casa, carros continuam buzinando e parando. Apesar de destruída pelo serviço de hoje, eu continuo bonita e fazendo mais homens pararem por mim.
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