domingo, fevereiro 28, 2010

Trabalho de história

Segunda feira, dia de ir pra aula e entregar o maldito trabalho de história. Ninguém merece! Gastei meu lindo final de semana em frente a livros só para saber o que houve com aquele tal faraó, mas não seria qualquer faraó. Tínhamos que narrar uma história de faraós e nos colocar lá, diante de pirâmides e areia por todo o lugar. Acabei praticamente fazendo um livro e comecei a imaginar tanta coisa, viajar naquele mundo do Egito Antigo, que até me vi passando pelo rio Nilo. Chegou a ser engraçado essa imagem, mas tudo bem. 
Então, terceira aula de uma maldita segunda feira, História. Tive que finalmente entregar o meu final de semana em folhas para aquela professora. Até que fiquei meio empolgada sobre o que ela acharia, até receber a bomba: "A melhor história será reescrita em forma de um livro e será entregue a todos os estudantes e você poderá ser reconhecida como uma grande escritora ou escritor!" Pronto, eu apenas queria pegar o meu livrinho e sair correndo daquela sala. Não que eu pensava que ia ganhar, mas porque toda história bem imaginada e realista é sempre a vencedora, e a minha era algo de se fazer entrar naquele mundo.
Mas ok, me acalmei, olhei para os lados e encarei aquela pilha de trabalhos e lembrei de uma antiga escritora e fanática nos egícipcios de minha sala, então, com certeza, eu não iria fazer os alunos daquela sala entrarem num mundo antigo e me fazerem ser escrcritora. Suspirei, sentei na minha carteira e o tempo passou.
Meus finais de semana, depois daquele trabalho, começaram a ser apenas escrituras, poemas, textos ou leituras. Fiquei completamente obsecada, mas nunca mostrava pra ninguém, ficava apenas na minha estante próxima ao computador.
E quem diria que, no próximo dia de um domingo, seria a segunda feira de saber quem seria o próximo ou próxima escrtiror(a). A professora enrolou, enrolou e finalmente disse. Adivinha quem ganhou? EU! Queria explodir! Imagine TODOS daquele colégio lendo aquele meu mundinho antigo, todas aquelas histórias bizarras? Mas tudo bem, aconteceu.
Fiquei tão famosinha naquele colégio que até conseguir arranjar um namorado, igual um galã de novela! Todas se derretiam, mas como ele dizia "sou apenas dela, sinto muito." Maldade, mas pelo menos fiél. Gostava muito dele e não queria perdê-lo mas nem que a vaca tussa!
Só que... Quem disse que todos são bons com os famosos? Sempre tem os rivais, mas os pais nunca sabem quem são. Então, surge a menina que é obsecada pelo meu namorado na minha casa e entra em meu quarto, pega um de meus textos bizarros e fala no Jornal da Escola. Ela tinha sorte que eu era baixinha e sensível, se não...
Mas é, acabei perdendo minha fama de "escritora" (pra vocês verem o quanto o meu texto foi ruim, ela pegou justamente aquele que eu escrevi no dia mais chato do mês e só tinha coisas que provavelmente nunca serião escritas por uma escritora de verdade).
Fiquei famosa em segundos por apenas uma viagem em pensamento e perdi tudo em minutos por apenas uma rival que pegou o meu pior texto de tédio. Mas e meu namorado, eu perdi? Espero que não...

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